Data: 08/07/2025

Atividade física: uma aliada comprovada na luta contra o câncer

A relação entre corpo e mente sempre foi apontada como um pilar essencial para a saúde. Mas, quando se trata do enfrentamento ao câncer, esse vínculo ganha ainda mais força. 

A atividade física, há muito tempo reconhecida por seus benefícios gerais à saúde, agora também é vista como parte integrante do tratamento oncológico. Novas evidências científicas reforçam o papel do movimento para prevenção e no aumento das chances de recuperação.

O que a ciência revela
Um estudo recente, publicado no British Journal of Sports Medicine (2025), acompanhou pacientes com câncer em estágio inicial e revelou dados surpreendentes: aqueles que se mantiveram fisicamente ativos apresentaram menor progressão da doença e até 45% de redução no risco de mortalidade geral.

Além disso, estudo usando dados do UK Biobank revelou que uma média de 9.000 passos por dia — medida com acelerômetro — reduziu em 16% o risco de desenvolver câncer. Aqueles que realizaram atividades leves, como tarefas domésticas ou caminhadas, também apresentaram menor risco. 

A conclusão do estudo é clara: a prática de exercícios físicos, quando orientada e adaptada à realidade do paciente, deve ser parte do plano terapêutico, ao lado dos demais cuidados médicos.

Por que o movimento impacta positivamente?
Doença complexa, o câncer afeta o corpo de forma ampla — enfraquece músculos, reduz a capacidade cardiovascular, altera o metabolismo e pode impactar diretamente a saúde emocional. O exercício físico atua em várias frentes:

 • Fortalecimento do sistema imunológico.
 • Melhora da disposição e do humor.
 • Redução da fadiga causada pelo tratamento.
 • Preservação da massa muscular e da densidade óssea.
 • Melhora da autoestima e da qualidade de vida.

Mais do que combater o sedentarismo, movimentar o corpo representa uma forma de resistir. De ocupar espaços com mais autonomia, de enfrentar o tratamento com mais vigor e de se manter ativo, inclusive emocionalmente.

Como incluir exercícios na rotina com segurança
A atividade física é benéfica, mas deve ser introduzida com cautela. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é essencial respeitar as condições clínicas do paciente e adaptar os exercícios conforme suas limitações físicas, fase do tratamento e nível de energia. A recomendação é sempre contar com a orientação de profissionais da saúde — como médicos e fisioterapeutas — para garantir que a prática seja segura e eficaz.

Iniciar com atividades leves, como caminhadas curtas e alongamentos, é um bom caminho. À medida que o corpo responde bem, é possível aumentar gradualmente a intensidade e a duração, sempre com acompanhamento especializado.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), os exercícios ajudam a manter a funcionalidade do corpo, prevenir a perda muscular e melhorar o bem-estar emocional. No entanto, pessoas em tratamento devem evitar atividades extenuantes, respeitar os sinais do corpo e pausar sempre que houver dor, fadiga intensa ou outros sintomas.

Movimento é cuidado
No IAPC, acreditamos que informação, prevenção e acolhimento são ferramentas fundamentais para enfrentar o câncer com mais dignidade e esperança. Incentivar o movimento é parte dessa missão. 

Por isso, convidamos você a conversar com seu médico, entender suas possibilidades e buscar formas seguras de incluir o exercício na sua rotina.

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